Energia convencional x energia incentivada: entenda as diferenças

Eliane Lopes

Eliane Lopes

· Leitura 3 min
energia incentivada

O crescimento do Mercado Livre de Energia (ACL) tem levado as empresas a buscarem alternativas que possibilitem a utilização de fontes de energia mais sustentáveis. Nesse sentido, é importante avaliar qual a melhor forma de contratação.

Energia convencional

A energia convencional é aquela que não possui incentivos subsidiados pelo governo. Ela é gerada em usinas de maior porte, que podem utilizar fontes renováveis ou não. Os principais recursos dessa modalidade são: usinas hidrelétricas, termelétricas (a gás ou óleo combustível), além de usinas de biomassa.

A energia convencional costuma ser mais barata em relação à incentivada, mesmo não apresentando descontos nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição. Isso porque é uma modalidade consolidada, especialmente as de fontes hídricas, que representam 60% da matriz energética brasileira.

Energia incentivada

A energia incentivada é aquela gerada a partir de fontes renováveis, como fotovoltaica, eólica, biomassa, e também a energia produzida pelas pequenas centrais hidrelétricas (PCH).

A adesão ao uso de energia incentivada é, até o momento, obrigatória aos consumidores especiais com demanda inferior a 500 kW.

Por se tratar de fontes que dependem de aspectos como incidência de raios solares, força do vento ou chuvas, geralmente esses contratos incluem o uso combinado das fontes. Por exemplo, não é possível ter um sistema 100% solar, uma vez que não há incidência de raios solares no período noturno, mesmo que a geração durante o dia atenda ou supere a demanda da unidade consumidora. Será necessário combinar a energia fotovoltaica com a hídrica, por exemplo.

Um dos atrativos para os consumidores que fazem uso de energia incentivada é o fato de, até o presente momento, terem garantidos por lei descontos de 50% a 100% na Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Distribuição (TUSD).

Vantagens e desvantagens

Como qualquer escolha, a definição sobre qual tipo de energia contratar envolve vantagens e desvantagens. É preciso analisar criteriosamente aspectos de consumo, previsibilidade de custos e segurança energética, de forma a garantir continuidade de produção e uso.

Energia incentivada

  • Vantagens:
    • Descontos e isenções na TUSD
    • Possibilidade de obter selos e certificações de práticas sustentáveis
  • Desvantagens:
    • Custo mais elevado
    • Variação no preço

Energia convencional

  • Vantagens:
    • Segurança quanto ao atendimento da demanda
    • Custo mais baixo
  • Desvantagens:
    • Vai na contramão da tendência global de sustentabilidade

Conclusão

A escolha do tipo de energia a ser contratada deve ser feita com base em uma análise criteriosa dos aspectos envolvidos. É importante contar com a assessoria de especialistas para garantir a melhor relação custo-benefício e assegurar a operação do negócio.

Eliane Lopes

Sobre Eliane Lopes

Eliane Lopes é co-fundadora da eGrid Energia e engenheira elétrica com mais de 15 anos de experiência no mercado livre de energia. Ao longo de sua carreira, ajudou centenas de empresas a reduzir custos e otimizar o consumo de energia.

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