O crescimento do Mercado Livre de Energia (ACL) tem levado as empresas a buscarem alternativas que possibilitem a utilização de fontes de energia mais sustentáveis. Nesse sentido, é importante avaliar qual a melhor forma de contratação.
Energia convencional
A energia convencional é aquela que não possui incentivos subsidiados pelo governo. Ela é gerada em usinas de maior porte, que podem utilizar fontes renováveis ou não. Os principais recursos dessa modalidade são: usinas hidrelétricas, termelétricas (a gás ou óleo combustível), além de usinas de biomassa.
A energia convencional costuma ser mais barata em relação à incentivada, mesmo não apresentando descontos nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição. Isso porque é uma modalidade consolidada, especialmente as de fontes hídricas, que representam 60% da matriz energética brasileira.
Energia incentivada
A energia incentivada é aquela gerada a partir de fontes renováveis, como fotovoltaica, eólica, biomassa, e também a energia produzida pelas pequenas centrais hidrelétricas (PCH).
A adesão ao uso de energia incentivada é, até o momento, obrigatória aos consumidores especiais com demanda inferior a 500 kW.
Por se tratar de fontes que dependem de aspectos como incidência de raios solares, força do vento ou chuvas, geralmente esses contratos incluem o uso combinado das fontes. Por exemplo, não é possível ter um sistema 100% solar, uma vez que não há incidência de raios solares no período noturno, mesmo que a geração durante o dia atenda ou supere a demanda da unidade consumidora. Será necessário combinar a energia fotovoltaica com a hídrica, por exemplo.
Um dos atrativos para os consumidores que fazem uso de energia incentivada é o fato de, até o presente momento, terem garantidos por lei descontos de 50% a 100% na Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Distribuição (TUSD).
Vantagens e desvantagens
Como qualquer escolha, a definição sobre qual tipo de energia contratar envolve vantagens e desvantagens. É preciso analisar criteriosamente aspectos de consumo, previsibilidade de custos e segurança energética, de forma a garantir continuidade de produção e uso.
Energia incentivada
- Vantagens:
- Descontos e isenções na TUSD
- Possibilidade de obter selos e certificações de práticas sustentáveis
- Desvantagens:
- Custo mais elevado
- Variação no preço
Energia convencional
- Vantagens:
- Segurança quanto ao atendimento da demanda
- Custo mais baixo
- Desvantagens:
- Vai na contramão da tendência global de sustentabilidade
Conclusão
A escolha do tipo de energia a ser contratada deve ser feita com base em uma análise criteriosa dos aspectos envolvidos. É importante contar com a assessoria de especialistas para garantir a melhor relação custo-benefício e assegurar a operação do negócio.